A situação não anda boa para as famílias brasileiras. O dinheiro está cada vez mais curto e as contas para pagar crescem. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostra que, em maio, aumentou pelo quinto mês consecutivo o percentual de famílias brasileiras endividadas.
O endividamento cresceu 0,7 ponto percentual, em relação a abril e, na comparação com maio de 2018, aumentou 4.4 pontos percentuais, atingindo 63,4% das famílias em maio deste ano. Apesar da alta do percentual de endividados, a Peic também identificou estabilidade quanto ao comprometimento médio de renda com o pagamento de dívidas e queda no percentual de famílias que se consideram muito endividadas.
Apesar do ritmo de crescimento mais moderado da economia, o crédito para as famílias cresceu ao longo do primeiro semestre, observa o presidente da CNC, José Roberto Tadros “As condições ainda favoráveis de juros e prazos ajudaram a manter estável parte da renda comprometida com dívidas, o que ajuda as famílias a pagarem suas contas em dia e se sentirem mais otimistas quanto à capacidade de pagamento”, avalia Tadros.
A proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso, ou seja, inadimplentes, aumentou em maio de 2019, na comparação com o mês anterior, passando de 23,9% para 24,1%, mas teve uma queda de 0,1 p.p. na comparação anual. O número de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas em atraso, permanecendo inadimplentes, ficou estável em 9,5% na comparação mensal, e teve uma baixa de 0, 4 p.p. na comparação com maio de 2018 (9,9%). Os dados demonstram maior confiança das famílias em relação à sua capacidade de pagamento, na comparação anual.
Nível de endividamento
A proporção das famílias que se declararam muito endividadas diminuiu – entre os meses de abril e maio de 2019 – de 13,0% para 12,9% do total de famílias. Na comparação anual, houve queda de 0,6 ponto percentual entre as famílias que se declararam muito endividadas. Aumentou a parcela das famílias que declararam estar mais ou menos endividadas, de 22,4% para 23,1%, e a parcela pouco endividada de 23,2% para 27,5%, ambas na comparação anual.
Entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas ficou estável em maio de 2019, mantendo-se em 29,3%, na comparação anual, e diminuiu 0,1 p.p. na comparação mensal. Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 62,9 dias em maio de 2019 – inferior aos 64,4 dias de maio de 2018. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de sete meses, sendo que 25,3% delas estão comprometidas com dívidas de até três meses e 31,3%, por mais de um ano.
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